quarta-feira, 18 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Entrevista:Horror Chamber




A cena metálica gaúcha sempre contou com inúmeras bandas de talento, e acima de tudo, dedicação por aquilo que fazem. Para provar que nem tudo está perdido na lama em que está o underground atualmente, podemos contar com a Horror Chamber, que tem se destacado com seu Death Metal consistente e dotado de uma garra descomunal. Fiquem agora com uma entrevista exclusiva e procurem conhecer a banda!


Metal Face – Vocês estão prestes a lançar o primeiro trabalho, e pelo que pude escutar, as músicas estão matadoras. Conte-nos como foi o processo de composição do EP, e o que buscam com ele?
Felipe: Temos dois trabalhos e o terceiro está sendo lançado agora, sendo que os dois primeiros foram pouco divulgados, compostos numa época mais Thrash Metal. As músicas deste EP, The Devil Has No Face, são antigas, da época em que o Horror Chamber estava sofrendo mudanças no estilo, deixando para trás o Thrash e começando a compor Death Metal harmonioso. O Horror Chamber sempre tenta manter um estilo próprio, trabalhando com muito peso e velocidade.
Guilherme: Estamos buscando divulgar nossa música através deste material, mostrar quem é o Horror Chamber e o que a banda apresenta. Este está sendo nosso cartão de visitas para as pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de nos assistir ao vivo.

Metal Face – Ao longo dos anos vocês tem tocado em diversos festivais, com bandas de diversos estilos musicais, dentro do Metal. Você acha importante manter esta união, do que fazer festivais direcionados a apenas um estilo?
Guilherme: Acredito ser importante prestigiar aquilo que te agrada, independente de estilo, rótulos ou o que os outros vão pensar. De fato, tocamos em festivais com bandas de Heavy, Prog, Black, Death, até com bandas de Hard Rock já tocamos. O maior problema que eu percebo é que, infelizmente, nem todo mundo pensa desta forma, preferindo tapar os ouvidos para determinado tipo de música sem nem ao menos ter ouvido ainda. É muito importante manter a mente aberta para as diferentes músicas no nosso Estado e estarmos sobre dispostos a nos ajudarmos, pois contra nós já existe muita gente.

Metal Face – Falando nisso, que bandas exerceram influência direta na sonoridade do Horror Chamber?
Felipe: Definitivamente podemos citar Carcass, Slayer, Cannibal Corpse, Deicide, Morbid Angel e Hypocrisy. Cada integrante chegava, e ainda chega, com um CD novo, uma idéia nova e até hoje usamos isso para enriquecer nosso som.

Metal Face – Para deixar o leitor a par da carreira da banda, teria como você nos relatar um histórico desde sua fundação?
Felipe: O Horror Chamber foi formado em 2000, com o nome Brutal, e contava com o Rodrigo Marchetti (Vocal), Peterson Martins (Guitarra), Giuliano Ragazzon (Baixo), Thorvald von Groll (Bateria) e eu. Só em 2004 mudamos o nome para Horror Chamber. Em 2005 tivemos uma alteração na formação, onde o Rodrigo e o Giuliano saíram e o Guilherme entrou para assumir o vocal. Neste período, como estávamos sem baixista fixo, contava-mos com a participação do Juliano Oliveira (Ex-Necrófago) para shows. Em 2006 foi a vez de o Peterson sair e então o Paulo entrou na outra guitarra. Só no final de 2007 conseguimos um baixista fixo, quando o Guilherme encarou a bronca. E, finalmente, em 2008, Thorvald também saiu e hoje contamos com o músico convidado Mano Maestro (ex-Necrófago e ex-A Sorrowful Dream) Após todas essas mudanças, a formação atual conta com Guilherme Lannig (Vocal / Baixo), Paulo Hendler (Guitarra / backing vocal), Felipe Pujol (Guitarra) e Mano Maestro (bateria, músico convidado).

Metal Face – Durante algum tempo vocês contavam com um baixista convidado nos shows, mas, desde o ano passado você passou a assumir a função. Além disso, o atual baterista não está oficializado ainda... Qual a situação atual?
Guilherme: Assumi o baixo do Horror Chamber no final de 2007, quando nosso amigo Juliano “Bode”, que fazia as apresentações ao vivo como músico convidado, não poderia comparecer num compromisso em Caxias do Sul. Ao invés de cancelar a apresentação, resolvemos confirmar a presença e passei a me dedicar ao instrumento. Já tinha alguma experiência com guitarra então foi só o tempo de adaptação ao novo instrumento. Pelo jeito os caras aprovaram, pois sigo na função até hoje (risos).

Metal Face – Nosso estado, em relação ao Death Metal, sempre foi visto com bons olhos, tendo o Krisiun como grande destaque. Como você avalia a atual cena metal gaúcha, e quais seus pontos fortes, e pontos fracos? O que deveria melhorar?
Guilherme: Salvo raríssimas exceções, nunca tivemos problemas em nenhum festival que passamos e isso é um ponto muito positivo para a cena gaúcha. Apesar de tantas dificuldades, as pessoas que se prontificam a organizar algum festival sempre nos tratam com muito respeito, estão sempre dispostas a ajudar. Isso com certeza deixa a cena underground muito valorizada. Porém, temos nossos objetivos definidos, sabemos onde queremos chegar e que as situações nem sempre serão assim. Quanto mais alto o vôo mais perigosa é a pilotagem. Infelizmente isso se aplica ao Rio Grande do Sul também.

Metal Face – Um assunto muito em voga atualmente, é a questão sobre os downloads de mp3 e afins. O Horror Chamber, como banda ainda “iniciante”, vê o assunto de que forma?
Paulo: Quem não fez um download de música ou filme até hoje que atire a primeira pedra! A questão seria sobre as pessoas que se dizem fãs de determinadas bandas ou gêneros musicais, fazem gigabytes de downloads, não compram nenhum material da banda, reclamam que elas não fazem shows em sua cidade e quando fazem nem sempre comparecem. Conheço dois tipos de pessoas, aquelas que fazem o download de música, curtem o som, compram o CD o DVD da banda e vão aos shows, e aqueles citados anteriormente. Hoje em dia também o cenário mudou, a música passou a ser propaganda não só nas rádios como também em mídia digital e internet, tentando atrair mais fãs para irem aos shows. O artista nunca ganhou dinheiro grosso vendendo discos, mas sim fazendo seus shows. Porém existe o custo deste trabalho chegar até as mãos dos fãs, mas penso que por enquanto as pessoas que compram cd continuarão fazendo isso, e vãos aos shows, a diferença é que geralmente hoje elas conhecem o cd antes de comprá-lo, e se tornam fãs, quanto aos outros que não compram, pelo menos conhecem a música e a banda, aumentando a probabilidade de irem á um show e comprar o cd depois disso. Penso que os álbuns devem ser vendidos, mas também podem ser distribuídos de forma digital gratuita para o caso de bandas “iniciantes” ou vendidas por centavos quando uma banda já está com sucesso. Pois se existisse uma policia de rede, que ninguém conseguisse baixar nada ilegal em termos de direitos autorais, a parte mais prejudicada seriam os artistas de médio porte, que são aqueles não muito famosos, que tem gravadora e querem vender seus CDs, mas se parar para pensar e colocar seu álbum para download em arquivo torrent um ano depois vai ter aumentado a venda de seu disco, com certeza. Cabe salientar o que seria uma banda iniciante, penso que seria aquela banda que vende menos de 2000 cópias da sua discografia por ano em todo o mundo, e que não faz shows regulares fora do seu continente, se conseguir isso penso ser uma banda de médio porte. Mas comparando com a cena local, por exemplo, o Horror Chamber não é uma banda iniciante com mais de 150 shows ao longo destes anos, um álbum e um EP lançados, rumo ao 2º EP podemos dizer que estamos na cena, mas o nosso objetivo é maior que esse, logo somos iniciantes no ponto de vista mundial. A banda iniciante (ponto de vista mundial) deve ter consciência disso, disponibilizar seu trabalho de forma gratuita na rede e vender em shows para aqueles que conhecem com antecedência e que tem o perfil de comprador de cds. O grande problema são os selos que não querem distribuir nada assim, logo a tática deve ser lançar um ep dessa forma ou dois, e depois fazer um álbum com selo disponibilizando apenas algumas faixas para não entrar em conflito com o selo/gravadora. O ambiente mudou ficando mais fácil para os iniciantes, só tem que saber aproveitar, e não pensar que é o Iron Maiden só porque gravou um disco.

Metal Face – Não tive acesso às letras do Horror Chamber, mas, do que basicamente elas tratam?
Guilherme: A maioria das letras do Horror Chamber foi composta pelo Rodrigo Marchetti e são muito influenciadas pelos clássicos do terror como “Fome Animal”, “A Noite dos Mortos Vivos”, entre outros. São ótimas letras e casam muito bem com a música feita pela banda. Quando assumi o vocal, em 2005, assumi também o processo de composição das letras, então iniciei um processo de mudança nesse perfil, pois apesar de me agradar esse tema, não é algo que eu domino com a facilidade do Rodrigo. Atualmente, procuro escrever sobre um horror menos sobrenatural e mais vívido, real, colocando meus personagens em situações que realmente podem acontecer como torturas, insanidade mental, assassinatos e sentimentos de culpa. Isso não me transforma no único na banda a escrever as letras, pois todo mundo pode vir com alguma situação que pode vir a ser uma letra do Horror Chamber.

Metal Face – Obrigado pelo breve papo, fica aqui o espaço para suas considerações finais!
Guilherme: Eu que te agradeço pela entrevista e esta oportunidade das pessoas conhecerem um pouco mais sobre o trabalho do Horror Chamber. Convido a galera que se interessar para acessar nossa página no Myspace em www.myspace.com/horrorchamber e escutar o EP “The Devil Has No Face”, uma amostra do que está por vir.
Paulo: Faço minhas as palavras do Guilherme. Sempre que tiverem oportunidade não percam um show do Horror Chamber, pois vão querer repetir a dose. Abraço a todos.
Felipe: Nós quem agradecemos e digo para quem gosta de um Death Metal brutal com linhas melódicas, não deixem de ir a um show do Horror Chamber.
Por:Maicon Leite

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Garganta do diabo Festival II
19/12/09
local:DCE Santa Maria/RS
bandas:
Amen Corner
Thorns of evil
In Torment
Land of fog
Swampy
Fúria

Cascavel/PR

Maringá/PR

Cascavel/PR