quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Entrevista- Betrayer Bolívia




A banda Betrayer (Thrash / Death
Metal) começou seus trabalhos em
meados de 2005, contando com o
Japonês Akio Inowe e o Boliviano
Mauricio Carreño nas guitarras; o
também Boliviano Luis Alpires, vulgo
Rotten, no contrabaixo e vocal; e na
bateria o alemão Heiflsen Ottenburg
Pelaes. Em menos de 8 meses de
trabalho, a banda fecha contrato com
o selo Oxido Metal Records e lança
seu álbum de estréia, denominado
Outburst. Atualmente, a banda
mantém a mesma formação e lança
seu segundo álbum, intitulado “Eye
for an Eye Lie for Lie”, pelo selo Metal
Priest. O álbum conta com oito faixas
que contém muita referência ao
Thrash dos anos 80 e ao Death, conta
também com uma faixa totalmente
Doom. Neste, como nos demais
trabalhos, a Betrayer sempre
trabalhou com letras em inglês,
sendo que em princípio não pretende
gravar nada em espanhol.
Com a palavra: Betrayer!




Metal Face - Primeiramente,
agradeço ao tempo cedido por você,
Maurício. Como vocês chegaram ao
nome Betrayer?
Maurício: Velho, na verdade o
nome tem dois significados, a gente
chegou a Betrayer por que aqui, na cena
musical da Bolívia, você encontra muita
hipocrisia, para com o que as pessoas
realmente pensam e sentem, se vendem
por fama ou dinheiro. A gente prefere
fazer o que realmente gosta. Estamos
entre o comercial e o underground, na
verdade. E o segundo motivo é por que
todos os integrantes da banda são loucos
pela canção Betrayer da Kreator, “somos
os mais brothers of true metal do que
Manowar” (Risadas)



Metal Face - Como toda a
banda se conheceu?
Maurício: Eu estudava com o
Akio no segundo grau, a gente sempre
teve a idéia de criar uma banda, então
conhecemos o Rotten através da
distribuidora de cd’s dele, já que a
pirataria na Bolívia é uma coisa natural e
não punida, ele é o único cara que traz
cd’s originais aqui na cidade. Fomos tocar
juntos e ele trouxe o baterista, que é seu
amigo de infância, nos demos muito bem
e seguimos até hoje.



Metal Face - Como vocês trabalham
nas composições?
Maurício: A gente sempre trabalhou
junto, do mesmo modo; nos reunimos em
minha casa depois de um ensaio e
trabalhamos com um metrônomo,
tocamos e gravamos as idéias em
ambiente (um canal para tudo), nos
próximos ensaios tocamos as frases e
vamos polindo. O Rotten (baixo/ vocal)
escreve todas as letras, mas se algum
integrante não concorda com a letra
agente fala livremente.



Metal Face - E qual é a
temática das letras neste novo
trabalho? Sendo que há três anos
atrás a Bolívia ficou em segundo
lugar no ranking de país mais
corrupto do mundo, perdendo
somente para a Nicarágua, vocês
mantêm a linha do primeiro disco,
com muitas críticas à corrupção?
Maurício: (Risadas)
Infelizmente é a situação do país, mas as
letras falam de experiências pessoais,
política, corrupção, perversão e desastres
naturais.Tentamos passar nossa
mensagem para que as pessoas possam
mudar o seu modo de pensar, ver de
outra forma as coisas e serem elas
mesmas.



Metal Face - Como foi o
processo de gravação deste novo
disco?
Maurício: Completamente
diferente da nossa primeira demo.
Fizemos tudo errado, gravamos as linhas
de guitarra, depois o baixo e depois o
vocal, e por último a bateria. Mas a gente
tinha conseguido equipamentos bons pra
gravar (aqui é meio complicado por que
não temos estúdios realmente bons e
bem equipados, além de tudo é muito
caro). No entanto, por fim, agora, fizemos
tudo certo, ainda que sem tantos
recursos, tivemos muito tempo gravando,
em casa mesmo, para poder sair, já
temos mais experiência e tivemos a sorte
de poder contar com a ajuda de músicos
muito bons daqui, com anos de
experiência; o Ricardo Chino Frio (exguitarrista
da banda Azul–Azul, que tocou
pela Europa e América Central) é um
deles. Assim, o processo foi como teria
que ser.



Metal Face - Para finalizar gostaria
que você nos contasse como foi a
troca de selo?
Maurício: A gente trocou de selo mais
pela liberdade. Com a Oxido Metal foi
bom por que a gente não teve gasto
nenhum, eles fizeram toda a publicidade,
o encarte e o CD, depois de um tempo a
gente estava recebendo proposta pra
tocar em outros lugares, mas a Oxido não
nos permitia. Queríamos mais poder
tocar, era mais por prazer que por outra
coisa, então, assim, decidimos cortar
relações com a Oxido Metal e fechamos
com o Metal Priest. Ainda que a gente
tenha que pôr dinheiro para os Cds, pelo
menos a gente pode tocar aonde quiser.
Temos muito mais liberdade.



Metal Face - Novamente obrigado e
sucesso pra vocês!
Maurício: A gente que agradece a
oportunidade pra divulgar o trabalho.


Para quem quiser algum
material: http://www.betrayer.8m.com/



Entrevista por:Marcos Marschall

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