quarta-feira, 15 de outubro de 2008

resenha- I



“Between Two Worlds” foi um dos grandes lançamentos de 2006, e serviu para mostrar ao mundo o quão genial é o líder do Immortal, que lançou um disco musicalmente bem diferente de sua banda principal, mas mantendo toda aquela aura black que permeia a música do Immortal.Nota-se muitas influências de Motorhead neste álbum, até porque Abbath toca em uma banda cover de Lemmy & Cia, chamada “Bombers”. Mas nem só de Motorhead acha-se inspiração no disco, há muito de Venom e Bathory em muitas músicas, soando até de certa forma bem original. É interessante notar que muitos músicos da cena black metal são influenciados por este lado mais “rock and roll” do negócio, o mesmo ocorre com o projeto de Shagrath do Dimmu Borgir, chamado “Chrome Division”, onde ele toca guitarra em vez de berrar. Talvez este disco esteja mesmo “entre dois mundos”, ou seja, o mundo do rock and roll sujo de um lado, e o black clássico de outro, um contraponto que tem tudo a ver, pois o Venom foi influenciado pelo Motorhead! A primeira faixa, “The Storm I Ride” já é uma das melhores do disco, com um ritmo mais rápido e um riff marcante... Abbath mantém um pouco de sua linha vocal do Immortal, só que um pouco menos agressivo, certamente bem mais limpo. “Warriors” é mais lenta e cadenciada, contando com belos solos de guitarra. “Between Two Worlds” também cai mais pelo lado cadenciado, com riffs bem sacados e cortantes, e o último solo é uma clara referência ao imortal Bathory! Méritos dos guitarristas Abbath e Ice Dale (também Enslaved). “Battallions” é bem rápida, com riffs bem marcantes, e uma pegada matadora de bateria, à cargo do também integrante do Immortal, Horgh. “Days of North Winds” é outro grande destaque por causa do trampo fantástico de guitarras! E se você curte muito Bathory vai se emocionar com “Far Beyond the Quest”! Em termos gerais é um disco fantástico, que contou com a produção de Geir Luedy, e mixado pelo mestre Peter Tagtgren (guitarra e vocal do “Hypocrisy”), que já trabalhou bastante com o “Immortal”, além é claro, de dezenas de bandas. A capa do álbum é bem simples, apenas com o nome (!) da banda, porém é marcante!



Por Maicon Leite

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